sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O tempo passa por nós e esquecemo-nos dele...


É raro lembrar-me que, embora não o veja passar por mim, o tempo não me esquece, esquecendo-me no entanto eu dele...
Ainda hoje, ao passar por uma criancinha, neta de uma das minhas companheiras de brincadeiras de infância (brincávamos às escondidas, à macada e à apanhada na zona da beira-mar de Aveiro, em ruas não pavimentadas e onde era raro passar um automóvel), disse-lhe: "sabes que conheço a tua mãe?". O pai da menina, que a acompanhava ao Infantário, assim como eu o fazia com as minhas netas, olhou para mim com ar suspeito, certo de nunca de me ter visto a falar com a  mulher, ou tão pouco  ser referida por ela, sendo seguro que nunca conheci a nora da minha amiga dos tempos idos! Enfim, resolvi dizer à pequenota que depois lhe explicava melhor a situação, porque, após ser ajudada pela minha filha, mãe uma coleguinha de sala da miúda, lá consegui atingir a realidade - a senhora que conheço é avó e não mãe da criança!

Só para entenderem melhor, há muitos anos que não temos tido qualquer contacto, eu e a referida moçoila da minha idade. A vida empurrou-nos a mim, para os lados da Invicta e a ela para o sul do País, e agora temos filhos e netos a residirem para os lados onde morávamos há décadas atrás!
 

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