quarta-feira, 27 de outubro de 2010

bronquiolite


Passou a gripe à avó, ficou a neta com uma bronquiolite de respeito! Começaram as nebulizações, e a miúda teve a 1ª sessão de um tratamento, do qual não me lembro o nome, com um fisioterapeuta. Amanhã  terá outra, e, entretanto, há que andar atenta, porque o narizito anda constantemente ranhoso! Hoje recusou-se a dormir a sesta, abusando do facto de não estar no Infantário...
Entretanto esteve a ver os seus vídeos favoritos, escolhidos por ela, no youtube, sentada no meu colo.
Felizmente, o apetite não se evaporou, havendo apenas que se insistir um pouco, na hora das refeições. 
Neste momento, anda muito activa, a distribuir os brinquedos pela casa fora. É bom sinal. A temperatura, com a ajuda da medicação, normalizou! A tosse continua. Esperemos que a bronquiolite lhe passe depressa, porque dói muito ver a menina doentita! Afinal, só tem 17 meses!

domingo, 24 de outubro de 2010

Família


Nesta foto, que tirei hoje, vemos, da direita, para a esquerda, e por ordem decrescente de idades, a minha mãe, Silvina (Silvina da Conceição), e os seus irmãos, Tonho (António) e Lurdes (Maria de Lurdes).
Gostei de ver os 3 irmãos reunidos, já que se torna difícil, agora com as idades a avançar, e residindo, o meu tio Tonho, no Alentejo, onde foi nado e criado, e as irmãs, em Aveiro, zona que adoptaram, há quase meio século, indo esporadicamente ao Alentejo, onde também nasceram.
Queria esclarecer o pessoal aqui do Norte, que o vocábulo "Tonho", não é depreciativo, mas apenas o diminutivo, carinhoso, de António. Para os lados de Portalegre, os Antónios, são Tonhos, assim como os Franciscos, são Chicos. E, os grandes amigos, quando de encontram, saúdam-se de um modo muito peculiar, abraçando-se, dizendo:"há tanto tempo que não te via,  meu cabrão"! Experimentem fazer o mesmo, aqui na zona do Porto, carago! Realmente, os alentejanos têm um léxico muito próprio. Quando preocupados com algo, afirmam; "estar em fezes, com...". E que saudades tenho de quando o meu padrinho de casamento, também ele daqueles lados, que já não se encontra fisicamente entre nós, me chamava: " minha magana"!
Mas, voltando à foto, foi bom, ver a "ninhada" - Ribeiro Carrilho - junta!
Agora, há que mandar revelar 3 exemplares, porque os fotografados não utilizam computadores!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

vivências de uma escriba


                                                                                                         7
Numa das divisões do 2º piso, todo ele destinado a arquivo (?), jazia no chão, moribunda, uma bandeira de Portugal, desbotada e esfarrapada, que, conforme o que se verificava em todos os Edifícios Públicos, antes da revolução de 25 de Abril, pavoneava-se, em datas solenes, numa varanda, na qual ainda se encontrava o respectivo suporte.
O 3º andar tinha uma singular peculiaridade. Era destinado a residência do chefe da Repartição, sem qualquer custo, no concernente a renda, água e luz! Não carecendo o destinatário de tal, tinha  cedido esse direito a um escriba, que lá morava, com a respectiva família, apesar desse piso se encontrar particularmente decadente. 
Todo o prédio carecia de obras, não deixando, a Câmara Municipal, alterar a fachada, por ser brasonada, quanto ao resto podia restaurar-se, alterando a planta original, mediante estudos.
A cada Inverno que passava, agudizavam-se os problemas de infiltração de água, com a humidade e o pó a deteriorarem todo o acervo, de documentos e de livros, da Repartição. Os soalhos, de madeira, iam cedendo, cada vez mais, e, do telhado não chegavam boas notícias! A integridade física de todos os que permaneciam no casarão, escribas e utentes, começou a ser posta em causa. Chegaram então uns senhores, de pasta na mão. Eram arquitectos e engenheiros, uns oriundos da capital, outros da autarquia local. Iam e vinham, repetidamente. Tiravam medidas, fotografavam e concluíram que havia que mudar a Repartição para outro local, provisoriamente, enquanto os consertos, inevitáveis, fossem concretizados, podendo a tutela dos Serviços, a partir daí, mandar que se instalassem no prédio brasonado, vários Serviços, porque, para tal, sobrava espaço. Planos óptimos, não? Edifício reparado, vários Serviços ali residentes, confortavelmente. 
Ainda não vos contei que o quadro eléctrico era curioso. Tinha fusíveis de cobre, que queimavam constantemente, havendo que descarnar uns tubinhos de acrílico, onde se alojavam os fios, para os retirar e substituir os calcinados. Não se podiam usar aquecedores eléctricos, porque os ampéres logo davam cabo dos fusíveis! No Inverno, tiritava-se com o frio, que entrava por todas as frinchas, e compraram-se uns aquecedores grandes, a gás, que, a funcionar, provocavam fortes dores de cabeça!
As máquinas de escrever eram manuais e o material informático ainda se encontrava arredado dos Serviços. O fotocopiador, pequeno, era de um modelo antigo, com avarias consecutivas.
Mas, num futuro próximo, tudo iria melhorar, após as obras...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quem não tem cão, caça como gato!


Quem não tem cão, caça como gato!

É mesmo isso que tenho feito, nas jarras que gosto de espalhar pelas divisões da casa. À falta de flores, no meu canteirinho, tipo selva, colho vários tipos de folhagem, e, para dar um ar colorido aos arranjos... faço batota!
A jarrinha da foto acima, está na minha cozinha. Nela encontram-se: uma haste de alecrim e uma haste de aipo, que perfumam a divisão. As folhas verdes, rajadas de amarelo, são de uma planta, da qual desconheço o nome, mas é bonita. Nunca deu flor,  propagando-se com facilidade. Qualquer pedacinho, colocado na terra, em local abrigado, e regado com frequência, enraíza facilmente. Os caules são avermelhados, fora do vulgar.
Para alegrar o arranjo, coloquei-lhe...duas malaguetas, das que têm frutificado fortemente, no meu minúsculo pedaço de terra!
A propósito, ainda tenho muitas para distribuir! Se mais alguém quiser é só dizer. Quanto à planta do arranjo, tenho vários pés, que posso doar...

Quanto ao título deste post, só há relativamente pouco tempo soube que era esta a expressão correcta, no lugar da qual eu, (e muitas outras pessoas a quem a tenho ouvido), na minha ignorância, dizia: "quem não tem cão caça com gato".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Estou com sintomas gripais...


Estou com sintomas gripais, há uma semana, e a parte brônquica está difícil de curar! Nas duas incursões, entretanto efectuadas à "minha" farmácia, encontrei muitas pessoas no meu precário estado, ranhosas, olhos lacrimejantes, tosses suspeitas, e queixumes de dores de cabeça e musculares! Sentindo-me assim, miserável, no fim de semana, nem cumprimentei os pais, com os habituais beijinhos, assim como a neta, a mãe da neta, o genro e os amigos que se reuniram, num belo convívio, num local muito agradável, a pretexto da estadia, no País, de um deles,  habitualmente fugido por lugares longínquos, como, por exemplo o Chade, Togo, e sei lá que mais. Mas, a nossa "seita", principalmente o núcleo duro, que conheço desde os meus 18 anos, e já estou cinquentona, não carece de grandes desculpas para estes convívios, sendo que, cada um costuma ser precedido de outros, para acertar pormenores! Embora geograficamente dispersos, conseguimos juntarmo-nos umas quantas vezes no ano, tentando acertar as respectivas agendas. Quando não posso comparecer, sinto pena! Espero bem que, desta vez, não tenha espalhado alguns dos meus vírus, pela cambada dos "Charruas"...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

vivências de uma escriba


                                                                                                           6   
em Agosto de 1977, a nossa escriba, vinda da província, onde estagiara nos Serviços, desembocou na Invicta, então sua desconhecida, para trabalhar numa Repartição, para onde tinha sido nomeada. Com a morada escrita num papel, e instruções de como lá chegar, foi ao encontro de uma casa senhorial, brasonada,  sendo que, apesar do brasão denunciar  suntuosidade (pensava ela, para com os seus botões), a fachada estava deveras danificada! O átrio da entrada era sombrio, e havia que galgar umas escadas, que levavam ao 1º piso, à Secretaria e à sala de actos solenes, já que elevador, era inexistente! Essas escadas eram sinistras, com degraus esburacados e corrimão que padecia de "síndrome de Parkinson"! Estou a repetir um relato? Não, as outras escadas e o outro corrimão, encontrou-os, em 2002, no Largo do Viriato.  Tomou posse na sala de actos, também gabinete do chefe, cujo mobiliário era nobre, muito bonito, que carecia de um restauro, bem merecido! Tornou a cruzar-se com ele, no dito Largo, a aguardar o restauro. As secretárias, cadeiras e restante mobília da Secretaria, que se dividia por 3 pequenas salas, eram uma mistura de peças oriundas de diferentes épocas.  As traseiras davam para um páteo, num canto do qual estava uma minúscula casa de banho, seguido do que certamente teria sido um jardim, do qual restava  uma palmeira alta, que, envergonhada, pedia lhe fossem tirar as muitas folhas secas, de modo a poder exibir o seu porte altivo, só que não a ouviam. De resto, apenas plantas daninhas, que se espraiavam, por socalcos, até à rua de Bonjardim, (sendo que a entrada era na Rua de Santa Catarina!), numa área  que acolheria, em tempos, uma horta, visto que, de onde em onde, surgia uma outra enfezada árvore de fruto, tentando espreitar através das infestantes!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

vivências de uma escriba


                                                                                                                                                                5
Com o edifício em estado pavoroso, que se ia agravando a olhos vistos, as panacéias utilizadas para evitar a sua degradação, eram de todo inúteis, (lembram-se dos bocados de plástico suspensos?). Entretanto, fissuras foram-se instalando nas paredes,  e começou a notar-se  um desnível das mesmas. Segundo técnicos, haveria uma parede mestra partida, e a integridade física de quem lá permanecia, funcionários e utentes, estava ameaçada!
A única solução, diziam, seria uma mudança de instalações, enquanto se procedesse a intervenções imprescindíveis. E, caso se concretizassem as obras, outras Repartições se poderiam lá reunir, dado o muito espaço existente.
Entrementes, começaram os arautos do reino, perdão, que estava distraída, eram os órgãos da comunicação social, que, com pompa e circunstância, começaram a apregoar a futura existência de um "Campus", vocábulo muito em voga, no qual se concentrariam todos os Serviços dependentes do Ministério ao qual pertenciam as duas Repartições residentes no Palacete arruinado. Mas, na falta do tal "Campus", e de mudança para sítio mais seguro, andava a escriba, descendo e subindo escadas, ora por causa do quadro da electricidade, ora por causa da água infiltrada, sempre receosa, de que, viessem um dia noticiar  que "uma fatalidade" tinha acontecido no Largo do Viriato! Sim, porque, no País da escriba, em  situações do género, há muito sinalizadas, mas ignoradas, quando descambam de vez, confunde-se  negligência com  "fatalidade"!
Vamos agora recuar cerca de 25 anos, quando...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

água da chuva


Lá torno eu ao tema da colecta da água da chuva. Agora, que voltou, há que aproveitá-la. Quem tiver varanda ou páteo, pode distribuir algum vasilhame. Vou ser repetitiva, mas, enfim, penso que a finalidade o merece! Todos temos o dever de cuidar da nossa casa, planeta Terra, que tem sido tão maltratada! Há inúmeras medidas a tomar, uma delas a da poupança da água! A água da chuva que recolhemos, serve para inúmeros fins, alguns dos quais já foquei noutro post deste cantinho. E, além de ajudarmos o ambiente...poupamos na factura da água!

É uma questão de atitude!


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

amizade


O meu canteiro, pequena selva labiríntica, neste momento está sem flores, tendo apenas folhas.
Ontem, recebi visitas, amigos de há longa data. Nestas ocasiões, gosto de ter a casa ornamentada com plantas, das minhas. A foto acima, é de uma jarra, onde, à falta de flores, coloquei, entre várias folhagens, uma haste de loureiro. Outras ramagens foram postas noutras jarras, e , à entrada, ficou um cesto com abóboras, fruto que me fascina (estas são oferecidas, porque não tenho espaço para que cresçam). As visitas referidas, também apreciam plantas, e, considero uma prova de amizade, recebê-las com a casa decorada com as mesmas! Claro que, como de costume, recebi um vasinho, no qual mora uma plantinha muito gira, e um pouco de tudo o que pontifica na horta da Teresinha, ou seja, já fiz mais molho de tomate, para congelar, e arranjei espinafres, alho francês...
Comida pronta, também trouxeram. A Bina fez-se acompanhar de um bolo e uma garrafa de vinho (bom, o raio do vinho!). A Teresa veio com um galaró arranjadinho, num tacho, onde só faltava juntar o arroz, para que nos deliciássemos com um arrozinho de cabidela, como só ela sabe fazer! Nós arranjámos carne de churrasco, para os mais jovens, uma salada, e com mais algumas coisas se compôs um belo convívio, que se prolongou pelo dia fora!
Já estive a preparar uma floreira, que vai receber tomilho de laranja e agriões de horta, que também chegaram ontem. As visitas levaram um pé de estrelícia, que, penso, irá ser transplantado, ainda hoje!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

vivências de uma escriba


                                                                                                           4
O quadro eléctrico, situado no r/c, à entrada, era obsoleto. Quando foi instalado, a sua potência seria suficiente, o que não acontecia agora. Tinha sido visto, revisto e confirmado, por vários técnicos do ramo, de que teria de haver total remodelação nessa área. Acontecia, com uma frequência arrepiante, encontrarem-se os escribas a trabalhar, nos computadores, e, de rompante, haver um apagão total. Antes de se descerem as escadas, para ir ligar o botão, que tinha disparado, havia que decidir o que poderia ser desligado, para diminuir a quantidade de amperes, tarefa difícil, (tudo o que estava ligado fazia falta), e, quase sempre, vinha-se já a subir as escadas, quando se repetia o apagão! Receava-se pela "saúde" do material informático, e gastava-se muito tempo, no sobe e desce das escadas!
Quando chegaram as primeiras chuvadas, a seguir à vinda da  escriba para a Repartição, chegou também a sua surpresa maior. Nos pisos superiores, ainda não descritos, quando chovia, havia inundações. Era uma situação recorrente. As medidas, que encontrou, no sentido de travar (?)  a situação, são quase inenarráveis.
No 2º andar, situava-se outra casa de banho, idêntica à do 1º, só que, desde há muito, deixara de exercer funções. O tecto tinha desabado e estava repleta de entulho. Numa pequena sala, onde se alojavam livros carunchosos, cujo centenário tinha sido já celebrado, e na qual a água teimava em cair com mais abundância, tinha sido construída uma obra de arquitectura suspensa, constituída por fios e bocados de plástico, estrategicamente colocados debaixo das goteiras. No chão, para completa recolha da água, (impossível), havia recipientes de plástico. Parece-me que vos oiço rir, mas, se tivessem recebido ordens no sentido de iniciar o vosso dia de trabalho, quando houvesse pluviosidade, nos andares superiores, (sim, que ainda não cheguei ao do telhado), para despejar as caixas do chão, sacudir o plástico suspenso, e ir mudando essas traquitanas, ao sabor da vontade das quedas de água, sabendo que, na Secretaria, tinham o (muito) Serviço à espera, o vosso riso esmorecia.
Vamos então até ao derradeiro andar, onde o tecto não tinha forro, deixando entrar vento, frio e  chuva! Esta, tinha uma predilecção especial por cair numa parte baixa, onde não se cabia em pé, e lá havia que se dispor uma ou outra vasilha colectora, que se despejaria, para tornar a recolocar. Um verdadeiro pesadelo, dado que, nesse desvão, viam-se barrotes podres, no tecto, que inspiravam pouca segurança!
 

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