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em Agosto de 1977, a nossa escriba, vinda da província, onde estagiara nos Serviços, desembocou na Invicta, então sua desconhecida, para trabalhar numa Repartição, para onde tinha sido nomeada. Com a morada escrita num papel, e instruções de como lá chegar, foi ao encontro de uma casa senhorial, brasonada, sendo que, apesar do brasão denunciar suntuosidade (pensava ela, para com os seus botões), a fachada estava deveras danificada! O átrio da entrada era sombrio, e havia que galgar umas escadas, que levavam ao 1º piso, à Secretaria e à sala de actos solenes, já que elevador, era inexistente! Essas escadas eram sinistras, com degraus esburacados e corrimão que padecia de "síndrome de Parkinson"! Estou a repetir um relato? Não, as outras escadas e o outro corrimão, encontrou-os, em 2002, no Largo do Viriato. Tomou posse na sala de actos, também gabinete do chefe, cujo mobiliário era nobre, muito bonito, que carecia de um restauro, bem merecido! Tornou a cruzar-se com ele, no dito Largo, a aguardar o restauro. As secretárias, cadeiras e restante mobília da Secretaria, que se dividia por 3 pequenas salas, eram uma mistura de peças oriundas de diferentes épocas. As traseiras davam para um páteo, num canto do qual estava uma minúscula casa de banho, seguido do que certamente teria sido um jardim, do qual restava uma palmeira alta, que, envergonhada, pedia lhe fossem tirar as muitas folhas secas, de modo a poder exibir o seu porte altivo, só que não a ouviam. De resto, apenas plantas daninhas, que se espraiavam, por socalcos, até à rua de Bonjardim, (sendo que a entrada era na Rua de Santa Catarina!), numa área que acolheria, em tempos, uma horta, visto que, de onde em onde, surgia uma outra enfezada árvore de fruto, tentando espreitar através das infestantes!
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