Esplanada de Praia (1)
Na praia, faço as minhas caminhadas, ora pela beira do mar, com a água a fustigar-me as pernas, ora pelo interior das localidades, onde descubro sempre algo de novo, que me tinha escapado de visitas anteriores (no sábado passado, vi um jardim que me encantou, na praia da Barra/Ílhavo, numa pequena rua onde ainda não tinha ido). Quando há paredões também os percorro; a sensação de me encontrar rodeada pelo oceano é magnífica, e gosto de ver os pescadores amadores, com os seus apetrechos e a sua paciência, assim como as pessoas que andam nas rochas, à cata de mexilhões, lapas e sei lá que mais. Após essas andanças, costumo procurar uma esplanada, acolhedora, para repousar um pouco. Sabe bem beber uma água e tomar um café, protegida por um guarda-sol e por um biombo de acrílico! É aí que gosto de escrever, por vezes num guardanapo de papel, à falta do bloco de apontamentos, que tento trazer sempre. Estava eu numa dessas esplanadas e ouvi uma senhora dizer para quem a acompanhava: "eu cá não me besunto com nenhum desses cremes que para aí andam, porque assim queimo-me mais". Pensei ter apanhado demasiado sol e estar baralhada das idéias, tendo percebido mal, só podia ser isso, mas olhei para o lado de onde me parecia ter vindo a frase, e vi uma senhora, que ambicionava ficar torresmo, e estava com a pele de uma tonalidade suspeita...era encarnada!
Há por aí muita falta de (in)formação, certo?
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