Recuemos a 1977, à mansão da Rua de Santa Catarina, cuja reparação foi tão desejada pela Maria, a quem, ainda hoje, lhe custa passar por lá, e ver a fachada num estado difícil de narrar, com arbustos nascidos nas frinchas da parede, a porta da entrada inchada e segura por corrente com cadeado, e que estará a prejudicar os prédios contíguos, devido a infiltrações das águas pluviais. Tem um letreiro a anunciar estar à venda. Pobre casa. A escriba imagina-a nos seus tempos de opulência, e consegue mesmo idealizar como seria, caso recebesse o tratamento necessário, e acolhesse vários Serviços Estatais, alguns tão mal instalados!
Num anexo, ao lado da casa de banho liliputiana, havia um amontoado de móveis estropiados, e outros objectos difíceis de identificar, entre os quais umas vasilhas de cerâmica, que uma escriba de certa idade, contou à Maria, serem "escarradores", os quais fariam parte do "enxoval" das Repartições Públicas, noutras eras! Aterrador, não vos parece? Nunca a nossa Maria tinha tido conhecimento da existência desses recipientes!
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