domingo, 7 de abril de 2013

A Feira de Março


"No documento de doação testamentária efectuada pela condessa Mumadona Dias, ao mosteiro de Guimarães em 26 de Janeiro de 959, consta a referência a "Suis terras in Alauario et Salinas", sendo esta a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro.
No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.
Infanta D. Joana de Portugal
Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.
Em 1434D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.
Em 1472, a filha de D. Afonso VInfanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento.
O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.
A magnífica situação geográfica propiciou de Aveiro, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.
Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.
Execução doDuque de Aveiro.
Em 1759D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, e 1547 , por D. João III. Por essa razão à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior.
José Estêvão
Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu a Diocese de Aveiro.
No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhãesparlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dostransportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional."
Hoje temos história! O texto acima foi retirado da Wikipédia, e, no concernente à Feira de Março, devo acrescentar que, normalmente, quando começa, vem acompanhada de mau tempo: frio, vento e chuva!
É o que está a acontecer hoje, com as criancinhas de volta dos pais a reclamar a prometida ida à feira, mas essa promessa terá de ser adiada. Quanto aos Feirantes, gente de trabalho, não lhes gabo a sorte, porque este ano tem sido particularmente fraco de visitantes, devido ao tempo atmosférico.
E, para terminar, devo confessar-vos, que tenho muitas saudades das Feiras de Março da minha juventude, onde íamos em grupo às farturas, jogar matraquilhos e andar nos carrosséis...

3 comentários:

Susana Neves on 7 de abril de 2013 às 10:26 disse...

Realmente parece bruxedo, este mau tempo sempre que começa a Feira de Março. Queria tanto levar lá as meninas e comer uma fartura

Joana on 15 de abril de 2013 às 04:50 disse...

Não me lembro da última vez que fui à Feira de Março. Devia ser criança ainda...
Pode ser que um dia surja oportunidade de ir de novo.

Libânia on 15 de abril de 2013 às 06:13 disse...

Quanto a ti Susana, o problema está resolvido, com este sol bonito que apareceu!
E quanto a ti Joana, sei que ainda lá voltarás, quem sabe se acompanhada por uma criancinha luso-sueca! bjs
Jessica

 

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