Palavra que lamento não ter tirado foto ao enorme barbo, que me foi oferecido. Estava congelado, sendo que, há dias, havia sido recebido por quem mo deu, ainda vivo.
Deixei-o a descongelar de um dia para o outro, e, em conjunto com a minha filha mais velha, fizemos uma pesquisa na net, acerca de receitas do dito. Já comi barbo várias vezes, de escabeche, mas de pequeno calibre e já preparados!
Decidimos cozinhá lo à moda do Ribatejo. Reunidos os ingredientes necessários, havia que cortar o bicho às postas. Começou então a odisseia. Na minha ignorância, pensava que os barbos eram desprovidos de escamas, e como lhe tiram retirado as vísceras, imaginei que não desse trabalho. Pois bem, esse peixe tem escamas, e muitas. Penso que quem o escamou nunca mais me vai perdoar o convite para jantar que lhe fiz! Eu só via escamas enormes a voar pela cozinha, que disparavam em todas as direcções, tipo paredes, chão, enfim, suspeito que, daqui e meses, ainda se vão encontrar algumas coladas num dos electrodomésticos. Seguiu-se o corte, que, como a faca era boa, e o cortador tem queda para tal, não seria nada difícil. Puro engano; a espinha dorsal e as da cabeça, pareciam ossos! Superadas estas duras etapas, lavaram-se bem os bocados do barbo, e tratou-se da preparação culinária. Tinham-me avisado que esse peixe tinha muitas espinhas, o que achei normal, mas as espinhas mostraram-se diferentes de todas as que conhecia; imaginem o formato de uma fisga, sendo que essas "fisgas" se encontravam espetadas por todo o interior do nosso barbo.
Resumindo, meu amigo S., deste me um presente envenenado. Quem escamou e partiu o bicharoco, terá ficado traumatizado e não esquecerá quem lhe meteu o barbo nas mãos!
Quanto a mim, no futuro, peixinho do rio, só de escabeche...e já cozinhado.
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Há 13 anos
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