quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Barbo, à moda do Ribatejo


Palavra que lamento não ter tirado foto ao enorme barbo, que me foi oferecido. Estava congelado, sendo que, há dias, havia sido recebido por quem mo deu, ainda vivo.
Deixei-o a descongelar de um dia para o outro, e, em conjunto com a minha filha mais velha, fizemos uma pesquisa na net, acerca de receitas do dito. Já comi barbo várias vezes, de escabeche, mas de pequeno calibre e já preparados!
Decidimos cozinhá lo à moda do Ribatejo. Reunidos os ingredientes necessários,  havia que cortar o bicho às postas. Começou então a odisseia. Na minha ignorância,  pensava que os barbos eram desprovidos de escamas, e como lhe tiram retirado as vísceras,  imaginei que não desse trabalho. Pois bem, esse peixe tem escamas, e muitas. Penso que quem o escamou nunca mais me vai perdoar o convite para jantar que lhe fiz! Eu só via escamas enormes a voar pela cozinha, que disparavam em todas as direcções,  tipo paredes, chão,  enfim, suspeito que, daqui e meses, ainda se vão encontrar algumas coladas num dos electrodomésticos.  Seguiu-se o corte, que, como a faca era boa, e o cortador tem queda para tal, não seria nada difícil.  Puro engano; a espinha dorsal e as da cabeça,  pareciam ossos! Superadas estas duras etapas, lavaram-se bem os bocados do barbo, e tratou-se da preparação culinária.  Tinham-me avisado que esse peixe tinha muitas espinhas, o que achei normal, mas as espinhas mostraram-se diferentes de todas as que conhecia; imaginem o formato de uma fisga, sendo que essas "fisgas" se encontravam espetadas por todo o interior do nosso barbo.
Resumindo, meu amigo S., deste me um presente envenenado. Quem escamou e partiu o bicharoco, terá ficado traumatizado e não esquecerá quem lhe meteu o barbo nas mãos!
Quanto a mim, no futuro, peixinho do rio, só de escabeche...e já cozinhado.

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