terça-feira, 1 de junho de 2010

Estou atordoada!


Estou atordoada e também semi-entrevada, com dores na coluna (lombar e cervical). Não, o atordoamento não está relacionado com as vertigens que me atacam de quando em vez e as dores na coluna, que é tão sinuosa como aquelas estradas recheadas de curvas e contra curvas, atormentam-me quando faço algum esforço físico!
Ora, o estado precário em que me encontro deve-se ao facto da neta ter ficado constipadita, e com temperatura (ontem), tendo a mãe sido chamada ao infantário para recolher o seu rebento! E assim fui convocada para ir tomar conta da miúda, porque afinal não é só ser detentora do título de avó, há que  cumprir os deveres inerentes a essa função, e afirmo-vos que é o melhor que nos pode acontecer: ser avó!
A temperatura da neta manteve-se normal, só os olhinhos remelados e as "velas constantemente acesas" no narizito é que denunciavam a  sua constipação ou virose, não sei bem (agora, pelos vistos, não há constipações como antigamente, mas sim viroses).
O problema maior é que a pequena, com os seus 12 meses e meio, está naquela fase das descobertas. Quando contrariada, o que acontece muitas vezes, grita como uma possessa. Estive sempre à espera que alguma Entidade Policial tocasse à campainha, alertada por um morador mais zeloso, do prédio, que pensasse haver maus tratos infantis (com as notícias que são propaladas todos os dias, as pessoas andam alarmadas e não me admirava nada), mas tive sorte e não me apareceu ninguém a quem tivesse de convencer que os gritos que a pequena emitia, deviam-se unicamente ao facto de eu não a deixar desmantelar a casa aos papás, como ela queria fazer. Houve períodos em que me passou pela cabeça que a criança teria futuro a implodir edifícios! Com os olhos sempre em cima da menina, para não se magoar, não pude evitar que, com os seus movimentos super rápidos, rapasse um comando de T.V., de cima da mesa, e o tentasse comer! Houve uma altura em que se portou lindamente...a da sesta! Para lhe mudar a fralda é um filme. Eu de joelhos no chão, qual penitente, e ela deitada (à força) no sofá, assemelhando-se a uma contorcionista circense e gritando sempre. Com jeito, tentando distraí-la, como se isso fosse possível, tentava fazer a operação, que vos poderá parecer simples. Com aquela mãozitas irrequietas arrancava as partes das fraldas que colam, e lá tiveram de ir umas quantas fora, por utilizar. Ponderei a hipótese de a deixar sem fraldas, mas não me pareceu viável, porque iria sujar-se toda e a casa, além de desarrumada também ficaria conspurcada. Descartei essa idéia e, com muita persistência, fui conseguindo colocar-lhe as fraldas, assim para o torto...
Como a Leonor transpira bastante, e constipada ainda mais,  fui-lhe trocando a roupa. Ficou um montinho que parecia ser de um grupo chegado de um acampamento de uma semana! Os olhitos lindos iam sendo limpos com gaze e soro fisiológico e aquele nariz de boneca assoado com toalhetes.

Estou sentada, com as pernas elevadas, apoiadas numa cadeira, portátil no colo, a pensar se amanhã conseguirei caminhar, eh!eh!eh!
As outras filhotas que se despachem a arranjar bebés, para ver se ainda consigo colaborar no seu crescimento; eu bem lhes vou dizendo...

As melhoras Nôr. Se amanhã precisares de mim estou aí caída, sua matreira!


2 comentários:

Susana Neves on 2 de junho de 2010 às 14:43 disse...

Não acho bem, difamares a tua neta publicamente

Libania Neves on 2 de junho de 2010 às 15:00 disse...

Mas eu não estou a difamar a neta, estou apenas e somente a relatar a verdade dos factos!
Vem-me à memória o Sr. Engº, da Farmácia, e da frase que ele proferia quando a tua irmã do meio entrava no estabelecimento, que era: "lá vem o furacãozito!"...

 

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